quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Mil palavras


Eu tenho a luz da manhã
E o centro da praça apressada
Com tudo que eu não sei
Sobre mim mesmo...
Indigente não há em lugar
Senão desalento,
Desse interior sem vias
Ou veias,
centelhas condutas
De um transito incerto,
sangue alquebrado
E querido
Por alguém tão importante,
O próprio silêncio.
Ou espírito do momento
Não a pessoa
Senão o próprio sentimento
Repousado em leito
Repleto em dúvidas
De todos os alvos tombados
A caminho do meu peito,
Quando terás vindo
Tão minuciosamente
Procurando não só dentro
Mas em todas as dimensões
Desse que não perde
Fagulha, que seja
e detalhes áureos
de um riso santificado
Que me rouba os olhos
E as mil palavras.