quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Too far away


I'd do us a couple different
You just do not understand anything.
I wanted to show you everything that I wrote
But no one wrote poetry for you
I just wanted to talk more with you
But you've been too busy pretending I do not exist
I wanted to dedicate a victory to you
You just do not know what I've done
I'd like to make you smile for anything
But this suffering is not funny
What is good is the fact that you are real
And it explodes inside of me
It would be essential that you understand that this is love
But you're too far away to understand

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Brilho distante


Há algo que veio explodindo até aqui.
Cegar-me-ia ante a um despreparo
bem tratado, já para trás
E em prontidão, sorvo toda a luz

Força implodida em singeleza atroz
Tanto de incrível possui que nada teme
Toca-me a alma e segue no espaço
Em meio às estrelas, és aquela que sinto.

A Íris destes olhos é a deusa da impressão
Ainda que as valvas do brilho vacilem
Remanescerei absoluta ofuscação na alma

Estás longe e a Deus pertence
Ganhas o Céu sobre mim, deslumbrante
Remontas em mim o sentido da noite.

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

"Naviver"


A vida em qualquer tempo compõe-se feito marés. Arrasta sentimentos como toma os detritos, sem critérios, alheia a qualquer vontade. Viver tantas vezes é esperar uma fase certa para as águas, pois, ao longo dos próprios infindos altos e baixos, o mar apresenta seu ciclo. Sair oceano afora requer tanto um destino quanto orientação, visto que construir determinada jornada pede sérios sonhos, também metas. Qualquer pessoa poderá, nessa empreitada, buscar por algo novo, porém, da arrebentação, vem aquele poder antigo ansiando tal renovação. Na superfície das intenções pode haver claros desejos, contudo inexistem mapas ou guias à profundeza deste infinito pessoal humano. Felicidade virá quando do inefável luxo de se navegar com vela.

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

O que é ser feliz...


Estou feliz porque descobri que posso sentir-me leve
Sem amar ou ser amado afetivamente por alguém...

Estou feliz porque tenho amigos que me escrevem só para dizer
Que a minha ausência faz-se muito presente do outro lado do mundo
E através do tempo que nos separa.

Estou feliz porque minha diversão é capaz de crescer quando falta-me dinheiro.

Estou feliz porque sou grato aos meus algozes de outrora que
Deram-me a oportunidade de conhecer a face obscura da alma para que
Eu pudesse optar em definitivo pela luz e me fortalecer em nome dela.

Eu estou feliz por ter ouvido muitos “não”s
Não acredito numa felicidade repleta de “sim”s

Estou feliz por cometer erros,
Sem eles eu nem saberia como agir de maneira correta.

Estou feliz pelos meus defeitos incorrigíveis...
Eles traduzem a minha habilidade para viver em meio às adversidades.

Estou feliz porque posso sentar e contar histórias de verdade.

Estou feliz por cada caminho errado...
Eles demonstram que um dia tive escolha
Inclusive para voltar e tomar o caminho certo.

Estou feliz por escrever este...
Pois mais alguém pode vir a descobrir que é profundamente feliz.

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Eu, sempre


Se eu corro para me afastar
Tão próximo estarei do que me torna
Presente no regressar
Liberdade é fato e logo se consome e se reintegra
Tudo no dia que a compramos
Não é a era do efêmero?
Início e fim, juntos,
Substituindo o meio
Fazendo-nos dançar sem ao menos sentir no ar
De onde aquela música veio
Eis que o pedregulho vai da minha mão ao espelho
Estilhaça-se uma versão de mim
Da qual fora arrancado o tom vermelho
Não distante,
A surpresa é por conta do que vejo
Janela afora...
Um novo homem sentado na grama
Lendo um livro negro
De páginas vazias ou impronunciáveis
E tudo faz sentido...
A real história está diante de mim,
Na paisagem, no grande Mundo
As outras pessoas virão ter comigo
Não uma parte da minha vida
Mas a fase de uma gente
Que a um passo
Pode estar extinta
E pela imensidão da vida
Haverá de ser perene.
Se eu corro para chegar
Tão distante jamais estaria do que sempre fui...
Presente além da partida.

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Sobre o amor...


O que é o amor senão uma grande ilusão? Não digo irreal, já que muitas vezes sabemos onde ele mora. Porém, tantas vezes acreditamos erroneamente que ele está onde nós pensamos que está. Sua consistência em névoa ludibria a todos nós que querermos agarrá-lo de uma vez. Mas sabemos agora que é inútil. Talvez, uma das maiores decepções seja constatar que o amor não é dado a nós por alguém, mas criado inconscientemente dentro de nós mesmos, gerado e alimentado por nenhum outro ser senão nós mesmos. Claro que a base para que tudo isso ocorra é o modo de vermos e de sermos tratados por outra pessoa. Entretanto quem aqui nunca sentiu a sensação de amar alguém que na realidade não existia? Então o amor de fato é uma ilusão... E eu não quero condená-lo. Sendo ele invisível, não palpável e quase sempre irrastreável, haveremos nós de ruir à medida que permitirmos que esse nosso amor extravase para limites não desenhados além dessa garrafa que somos nós.

quarta-feira, 20 de julho de 2011

A estrela


Feito vidas no tempo,
Viagem no espaço,
Cuidando em esmero
Desse brilho interno,
Vou pelas ruas, com destino,
Certo de ver
Todo o meu progresso
Nos céus cintilados.

A anos-luz estarei
Do mesmo rancor
E tão perto, a um olhar,
Dessa tua janela.
Nos altos, à noite,
Compreendo os pedidos...
Deixo a linha, o risco
Acendo e pisco p'ro coração.

domingo, 12 de junho de 2011

Tiro novo

Sou o sopro de uma proposta
Perpasso o meio, presenteio ou repasso
Nem tão afável, logo distinto
Nada mais sobre o desespero
em quedas d’água
E operas visão sobre meus traços
Quando jamais terás sabido
Quem de fato...
Ide! Voltai olhos lavados
Incerteza.
Sendo acerto, força e preto
tudo que veres
Serei eu.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Fé a nós


Nem toda espera é tão longa
E quase nenhuma é indolor.
Quem vive a aguardar
Sabe-se lá o quê
Está vendado
E não pode conceber
Que uma espera
Guarda resquícios de um abandono
Está certo!
Um aguardo reflete um lado passivo
Da alma
Cuja contraparte resida, quem sabe,
Fora dela...
Em todo indício de luta
No tempo e mundo afora
Que não desejam ver-nos
Presos a uma espera,
E oram, tempo e mundo,
Por nossas buscas
Mas esperam de nós também
Enquanto seus deuses,
Pelas graças que concedemos
Ao estarmos melhor a cada dia.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Calmaria


Se caminho sob o crepúsculo,
Invoco a ti...
Surges em destrono
das idéias sobre frio
Nos pensamentos uivantes
Das intempéries sim.

Inverno real
Que acompanha-me
dentro e fora
De forma a levar brandas ventanias...
Quer seja, por fim,
arrastado por elas.

Criam ante minha chegada
Expectativa
Esperança de paz no tempo
Posto que eu seja, de certo,
em cada ida
Solstício de outono...

É quando trago a chuva
A tudo banhando
Com meus esclarecimentos
Do que representa
Um sentimento
Em tempestade, esculpido.

És o estio na relva
O que mais preciso
Por somente toda a vida
Logo agora,
Que finco praça
Em calmaria na confiança.

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Platô


Estar em você não mais seria a estrada...
Em cada palavra reside a formação dos passos
Ante a um lugar verdejante em seu platô não febril,
Repleto do novo projeto, em linhas de glória.

Eu abandono, jaz, tudo que exilou-me de mim;
O estado natural perdido, resgatado nas funduras.
Tomo uma causa para ascensão do melhor “nós”
E para chancela do novo despertar, engendro este.

Nesse país, contudo, com sorriso tudo é resolvido.
A paciência remonta a estrada, orando soberana
Cada traço forma um laço, ação de carisma e ponto.

Completos aqueles para os quais a palavra basta
Sendo em tudo um só, visto que ouça-se o passado...
E os dias formar-se-ão a partir das boas respostas.

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Apego


Como se pudesse uma certa esperança brincar comigo esta tarde
Deitei a idéia de carinho por ti sobre minhas mãos e sorri largamente
Não viria em tal momento sequer aviso distante de abraço insuperável
E um vivo estilhaço vertido em abandono pulsa seu choro aqui dentro

A escurividência de um pobre olhar reflexivo, furtivo, neste infortúnio,
Re-capta provas da paz versada em limpa consciência que oculto...
Para dada solidão com a qual selastes infinitamente toda e qualquer reviravolta,
Resta vitorioso sabor de maldade, diferente da poinsettia que ofertei.

E um punhado de novidade trilhado no nada que optastes
Muito tem a argumentar acerca do teu caminho perdido declarado
Tudo mais que pertenço são os dias em que fui mais feliz

Não sei o que em mim quer insistir no que é tão verdadeiro:
Aquele dia em que o mundo tão somente foi nossa primeira conversa...
Esse apego eterno e sereno que desperta-me e adormece para sempre.

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Sobre quase tudo...


O estado natural de nós mesmos busca reverter as ameaças em algo comestível. Quando a esquiva faz-se inócua, todo tipo de disfarce cai-nos bem. Viver à beira loucura é tantas vezes a melhor maneira de podermos ser quem realmente precisamos. E as máscaras tornam-se ridículas.

Palavras alheias de nada servem quando proferidas sem carinho. Conseguir identificar tal sentimento também não é tarefa fácil. Simples mesmo é acatar o que é música aos ouvidos, mas qual será a substância de tudo isso? A crítica tantas vezes salva o homem, o elogio quase sempre o derruba.

Nada que guarde dinheiro no bolso e sangue nos olhos possui o direito de reprovar algo em nós. Das pessoas odiosas, não aceitemos nem um pedaço de maçã. Contudo, nosso amor o mundo transforma. Digam-nos que não somos importantes e nós vos diremos que qualquer um é capaz de fazer a diferença.

Eis que todo o universo dói em nós. Quem mais amamos já não é pela nossa salvação. A consciência que apraz está no fundo. Somos quase que definitivamente o monstro que acredita a vida ter perdido. Não fossemos nós otimistas, meu caro, caminharíamos com um alvo tatuado nas costas.

Paratanto trazemos os olhares vencedores. Os erros constatam que somos incríveis. E queremos muito errar enquanto há tempo. A certeza de viver que hoje nos faz seguir conquistando o mundo torna tudo mais prazeroso. Ainda que tenhamos perdido a felicidade, queremos abraçar o planeta.

Então...
Somos otimistas de fato.

quarta-feira, 30 de março de 2011

Salgado inventário


Estreando a dor
Dessa tormenta...
Ao terreno, tremor
Na fissura implacável,
Em beiras distintas
Findamos...

Viver à encosta,
Morte maior a saltar
Impiedoso abandono
Despedida...
Restarás a casa, vê-me triste...
Não mais nota chegada batida

Não esquecerás...
São muitos, os cães
Vistoso, o aquário
E pelo desenho
Há de chorar, moldura
Ainda que seja assinatura.

Roupas, modestas
Vivas em cores, sim
Em ti, amores
Presentes, favores
Renegai os discos
Trarão dissabores

O pequeno a questionar
A origem de um anjo.
As Donas,
“Onde estaria o marmanjo?”
Dirás, em não dizer que...
Sabe-se lá! Em cada amanhecer.

Em zilhões lembranças
Voltai ao penhasco
Convite erguido.
Vê-me de pronto peito
Morrei às dúvidas
Ou saltai comigo.

sábado, 19 de março de 2011

Resposta ao teu Templo de Hanuman


Ao vosso temor
O hindu traz solução
Um convite ao templo
E o primata quer-me lá
Se vires a alegria
Eu sou o próprio Hanuman

O que acompanhas à fronte

A confusão sentida
É filha da própria cegueira
Faz-te ver-me em distorção
“Macaco velho”, homem triste
De algoz aura negra
Parasita projetada

Olhar errôneo pelas costas

Devoção, é pela vida
Dedicação, aos amores
Ainda que tardias, estão à mesa
Não aceitas, preferes fome
Confusão
Sentida, então, pela amiga distante...

Vinde solução!

Devoção, dedicação
Não mais que força;
Perseverança
é de Hanuman
Salto um Índico, em um pé
Em minha alma, e sou outro.

Eis que foi-te embora.

sexta-feira, 11 de março de 2011

Mais bonito


Restava somente
deitar ao lado
Jurar que o amor é o fato
Maior que o próprio sim
E não cabe em nosso ato
Vinde a mim
Provai que mentes
A si
e isolas a dó.
Chances não há
Pois habitam o vazio
Iremos lá
Belo que és
Mares que tens
Um encaixe sela
sobre nós e abres...
Ide à nossa casa
Ficai ao ninho
De nós
Engrandecido ao pó
E tantas canções
Que habitam o sol
Sem tantos trovões
Ingrato que fui
Altivo que vou
Um arrebate por tu
Sobre a guerra que vences...

Na jura em que o amor é de todo
fato.

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Nós “zero”


Em lugar de sermos força
Optamos escuridão
Se queres emparelhar
Não nos resta um só grão.
Parte-se vidro...

Segue rio em água turva
Corpo moído, escafandro
Companhia que é viúva
Lá isso no fundo com ruído
O dito pelo não quisto...

Morte, assalto, acidente
Que acometesse sem matar
Escachar não, nem pensar
Eu algoz resisto, residente
Pensemos nisto...

Sempre, sempre ajustando
Cospe e erra, cospe
O acerto se vier, sete pedras
Acerta as pernas, se sacode
Corre, corre!

Sensação é puro esmero
Não sente cada cor, desmancha
Insistência em sermos zero
Remonta, grita que sou um
E quão valeis?

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Luz eterna


Estás a crescer...
Teu melhor sonho eu vi.
És um Ipê ascendente
E a alma
Esta não cabe em meu ver.
Nenhum mal lhe alcança,
Flor do bem
Crê na vida por ela só
E nenhum verso percebe
a grandeza...
Eis que busco a ti.
A paz de uma ilha é você
Não mais que você
Somente meus olhos de fiel
Aprazados pelo divino
Enxergam-te
E tão distante, meio perto
Nos sentidos,
Correspondes à criatura
Entendida
entre um homem e um anjo.
A claridade mora no rosto
Inconfundível farol
E já em silêncio
O correto é por ti.
O próprio sol segue triste
Tão melhor é você,
Radiante!
Eu,
Que por demais consciente
um louco apavoro
Movo a rua em teu encalço
Em prol da esperança,
Seguindo o rastro
ao me fazer
girassol desgarrado.
De repente
tua luz é ainda maior
Eu compreendo...
Almejas o infinito
A luz eterna,
razão sempre necessária
Posso viver com isso
Atendido, do teu lado
Ao te conceber,
Em cada novo dia
Encimado por você,
Desejo mais que encarnado.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Fuga


Eu não nasci para tudo
Nem sempre sigo tão mudo,
Eu busco cada olhar, cada palavra exata
Os teus semblantes livres
E os segredos que vão até a cintura.

O nosso mundo é bom,
Cada centavo, um nada,
Nós é que sujamos a casa.
Não sei de quem eu falo, já não sei quem descrevo
Não reconheço nem cruz, nem trevo.

Toda a cidade passa por mim
E o meu olhar passa bem longe
Lá em cima segue a verdade
Tão logo abaixo, meu desejante.

O curto virou distante
A eternidade fez-se tão breve
Eu não desisto, amar é isto...
Ciranda de vem e esconde

Sobrando em cada esquina
Eu fujo dessa carona
Eu corro, solto no morro
Tudo sem pedir abrigo.

Essa eu venço por mim mesmo
E em cada salto você é mais eu
O que esperas de mim, no fim
É que eu possa apenas ser teu.

domingo, 9 de janeiro de 2011

Pão e suco


Dos últimos anos e da promessa
Extrai-se o melhor sumo.
Aqui há um bom motivo para jurar...
Doce presente que não escorre
Em face de uma liga indelével.

A realidade adiante cega
Mas lá está o melhor de beber
E quem não mereceu o que tem
Ajoelha defronte à rara posse...
Cálice salutar de amores em suco.

A outra parte começa na terra
Pontua a vida e se faz em planos
Receitas em trigo de sérios desejos
Deveras importante é o suor do trabalho
A ceia para dois já vai sair...

Mãos em dois pares dão conta
A massa é robusta, consistente
O calor desse abraço dita o ponto
E está tudo pronto!
Um destino gostoso versado em pão.

O pão e o suco que alimentam por anos...
Aos amantes que não arredam de suas apostas para vida.