sexta-feira, 15 de abril de 2011

Sobre quase tudo...


O estado natural de nós mesmos busca reverter as ameaças em algo comestível. Quando a esquiva faz-se inócua, todo tipo de disfarce cai-nos bem. Viver à beira loucura é tantas vezes a melhor maneira de podermos ser quem realmente precisamos. E as máscaras tornam-se ridículas.

Palavras alheias de nada servem quando proferidas sem carinho. Conseguir identificar tal sentimento também não é tarefa fácil. Simples mesmo é acatar o que é música aos ouvidos, mas qual será a substância de tudo isso? A crítica tantas vezes salva o homem, o elogio quase sempre o derruba.

Nada que guarde dinheiro no bolso e sangue nos olhos possui o direito de reprovar algo em nós. Das pessoas odiosas, não aceitemos nem um pedaço de maçã. Contudo, nosso amor o mundo transforma. Digam-nos que não somos importantes e nós vos diremos que qualquer um é capaz de fazer a diferença.

Eis que todo o universo dói em nós. Quem mais amamos já não é pela nossa salvação. A consciência que apraz está no fundo. Somos quase que definitivamente o monstro que acredita a vida ter perdido. Não fossemos nós otimistas, meu caro, caminharíamos com um alvo tatuado nas costas.

Paratanto trazemos os olhares vencedores. Os erros constatam que somos incríveis. E queremos muito errar enquanto há tempo. A certeza de viver que hoje nos faz seguir conquistando o mundo torna tudo mais prazeroso. Ainda que tenhamos perdido a felicidade, queremos abraçar o planeta.

Então...
Somos otimistas de fato.