segunda-feira, 23 de maio de 2011

Calmaria


Se caminho sob o crepúsculo,
Invoco a ti...
Surges em destrono
das idéias sobre frio
Nos pensamentos uivantes
Das intempéries sim.

Inverno real
Que acompanha-me
dentro e fora
De forma a levar brandas ventanias...
Quer seja, por fim,
arrastado por elas.

Criam ante minha chegada
Expectativa
Esperança de paz no tempo
Posto que eu seja, de certo,
em cada ida
Solstício de outono...

É quando trago a chuva
A tudo banhando
Com meus esclarecimentos
Do que representa
Um sentimento
Em tempestade, esculpido.

És o estio na relva
O que mais preciso
Por somente toda a vida
Logo agora,
Que finco praça
Em calmaria na confiança.

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Platô


Estar em você não mais seria a estrada...
Em cada palavra reside a formação dos passos
Ante a um lugar verdejante em seu platô não febril,
Repleto do novo projeto, em linhas de glória.

Eu abandono, jaz, tudo que exilou-me de mim;
O estado natural perdido, resgatado nas funduras.
Tomo uma causa para ascensão do melhor “nós”
E para chancela do novo despertar, engendro este.

Nesse país, contudo, com sorriso tudo é resolvido.
A paciência remonta a estrada, orando soberana
Cada traço forma um laço, ação de carisma e ponto.

Completos aqueles para os quais a palavra basta
Sendo em tudo um só, visto que ouça-se o passado...
E os dias formar-se-ão a partir das boas respostas.

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Apego


Como se pudesse uma certa esperança brincar comigo esta tarde
Deitei a idéia de carinho por ti sobre minhas mãos e sorri largamente
Não viria em tal momento sequer aviso distante de abraço insuperável
E um vivo estilhaço vertido em abandono pulsa seu choro aqui dentro

A escurividência de um pobre olhar reflexivo, furtivo, neste infortúnio,
Re-capta provas da paz versada em limpa consciência que oculto...
Para dada solidão com a qual selastes infinitamente toda e qualquer reviravolta,
Resta vitorioso sabor de maldade, diferente da poinsettia que ofertei.

E um punhado de novidade trilhado no nada que optastes
Muito tem a argumentar acerca do teu caminho perdido declarado
Tudo mais que pertenço são os dias em que fui mais feliz

Não sei o que em mim quer insistir no que é tão verdadeiro:
Aquele dia em que o mundo tão somente foi nossa primeira conversa...
Esse apego eterno e sereno que desperta-me e adormece para sempre.