domingo, 12 de junho de 2011

Tiro novo

Sou o sopro de uma proposta
Perpasso o meio, presenteio ou repasso
Nem tão afável, logo distinto
Nada mais sobre o desespero
em quedas d’água
E operas visão sobre meus traços
Quando jamais terás sabido
Quem de fato...
Ide! Voltai olhos lavados
Incerteza.
Sendo acerto, força e preto
tudo que veres
Serei eu.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Fé a nós


Nem toda espera é tão longa
E quase nenhuma é indolor.
Quem vive a aguardar
Sabe-se lá o quê
Está vendado
E não pode conceber
Que uma espera
Guarda resquícios de um abandono
Está certo!
Um aguardo reflete um lado passivo
Da alma
Cuja contraparte resida, quem sabe,
Fora dela...
Em todo indício de luta
No tempo e mundo afora
Que não desejam ver-nos
Presos a uma espera,
E oram, tempo e mundo,
Por nossas buscas
Mas esperam de nós também
Enquanto seus deuses,
Pelas graças que concedemos
Ao estarmos melhor a cada dia.