
Ao viver da expressão
O choro ressoa risonho
A lágrima lhes é invisível
Um mundo levanta saltitante
Porém...
O reino de dentro
Pode sangrar
Ai do bobo que assim
Revelar!
É o caos do tempo novo
E o alegre não arreda
Não perde
O passo e o salto
Desgosto
A lágrima novata
É tatuagem no rosto
O astral do recinto
É a energia do bobo
Seu passado
Ataca-lhe à dança
Bravata!
Não lhe deram a tristeza
Só coreografia
“Enriqueça!”
E um bobo acontece
Ao cerne do salão
Não há prece
A pele é fantasia, coragem
No outro lado, a alma
Persiste
Contra a defasagem
Em sua arte
Encontra aclamação
Na saudade, seu lado sombrio
No vazio
Então constante
Somente rodopia...
Quem sabe um dia
Não vença a solidão?