quarta-feira, 30 de março de 2011

Salgado inventário


Estreando a dor
Dessa tormenta...
Ao terreno, tremor
Na fissura implacável,
Em beiras distintas
Findamos...

Viver à encosta,
Morte maior a saltar
Impiedoso abandono
Despedida...
Restarás a casa, vê-me triste...
Não mais nota chegada batida

Não esquecerás...
São muitos, os cães
Vistoso, o aquário
E pelo desenho
Há de chorar, moldura
Ainda que seja assinatura.

Roupas, modestas
Vivas em cores, sim
Em ti, amores
Presentes, favores
Renegai os discos
Trarão dissabores

O pequeno a questionar
A origem de um anjo.
As Donas,
“Onde estaria o marmanjo?”
Dirás, em não dizer que...
Sabe-se lá! Em cada amanhecer.

Em zilhões lembranças
Voltai ao penhasco
Convite erguido.
Vê-me de pronto peito
Morrei às dúvidas
Ou saltai comigo.

2 comentários:

  1. Hélio!
    "Morrei as dúvidas ou saltai comigo": adorei.

    Convido você a participar de meu blog.
    Google: poemas de neusa azevedo

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  2. ehheeh, legal o poema. simples e poetico
    vai la no meu
    www.leianoverso.blogspot.com

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