Blog criado exclusivamente para compartilhamento da minha obra pessoal já registrada com os leitores.
quarta-feira, 30 de março de 2011
Salgado inventário
Estreando a dor
Dessa tormenta...
Ao terreno, tremor
Na fissura implacável,
Em beiras distintas
Findamos...
Viver à encosta,
Morte maior a saltar
Impiedoso abandono
Despedida...
Restarás a casa, vê-me triste...
Não mais nota chegada batida
Não esquecerás...
São muitos, os cães
Vistoso, o aquário
E pelo desenho
Há de chorar, moldura
Ainda que seja assinatura.
Roupas, modestas
Vivas em cores, sim
Em ti, amores
Presentes, favores
Renegai os discos
Trarão dissabores
O pequeno a questionar
A origem de um anjo.
As Donas,
“Onde estaria o marmanjo?”
Dirás, em não dizer que...
Sabe-se lá! Em cada amanhecer.
Em zilhões lembranças
Voltai ao penhasco
Convite erguido.
Vê-me de pronto peito
Morrei às dúvidas
Ou saltai comigo.
sábado, 19 de março de 2011
Resposta ao teu Templo de Hanuman
Ao vosso temor
O hindu traz solução
Um convite ao templo
E o primata quer-me lá
Se vires a alegria
Eu sou o próprio Hanuman
O que acompanhas à fronte
A confusão sentida
É filha da própria cegueira
Faz-te ver-me em distorção
“Macaco velho”, homem triste
De algoz aura negra
Parasita projetada
Olhar errôneo pelas costas
Devoção, é pela vida
Dedicação, aos amores
Ainda que tardias, estão à mesa
Não aceitas, preferes fome
Confusão
Sentida, então, pela amiga distante...
Vinde solução!
Devoção, dedicação
Não mais que força;
Perseverança
é de Hanuman
Salto um Índico, em um pé
Em minha alma, e sou outro.
Eis que foi-te embora.
sexta-feira, 11 de março de 2011
Mais bonito
Restava somente
deitar ao lado
Jurar que o amor é o fato
Maior que o próprio sim
E não cabe em nosso ato
Vinde a mim
Provai que mentes
A si
e isolas a dó.
Chances não há
Pois habitam o vazio
Iremos lá
Belo que és
Mares que tens
Um encaixe sela
sobre nós e abres...
Ide à nossa casa
Ficai ao ninho
De nós
Engrandecido ao pó
E tantas canções
Que habitam o sol
Sem tantos trovões
Ingrato que fui
Altivo que vou
Um arrebate por tu
Sobre a guerra que vences...
Na jura em que o amor é de todo
fato.
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