terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

O cheiro do amanhã


Eu hoje senti um cheiro de futuro...
Mas dos dias nos quais pensaremos não haver
um só mal-dormir
Uma forte impressão de que as pessoas não mais
olhariam-se descrentes
A nova onda com a qual a beleza olhará por todos
pelos bons atos

Foi então que eu estremeci...
As cabeças estariam erguidas para o eterno
em igualdade
As mulheres desejosas de si e afirmadas
pelo mundo
Toda diferença insensível ao toque nú
e a crença seria outra

Não distante, veio-me a fome...
Enganado pelo cheiro do amanhã quase morri
de vazio
E ao notar que ele vinha sorrateiro
de outras letras
Devorei as folhas na tentativa de alimentar-me
para os dias de hoje.

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