quarta-feira, 3 de março de 2010

Cisão alguma


Estar invisível ao mal
Poder extrair a essência
Em seu âmago,
Amado me fez
De todo fulgor
Contido.
E alimentas a força
De tudo que explode
Em meu íntimo.
Execras a dor
que faz-me mentir;
Exilado na verdade
Mapeio um campo
Etéreo na lei da razão
E sinto todo o universo
Cabendo
em uma pequena parte
Do meu estranho amor...
São meus olhos,
Teimosos ao indicarem
A sua versão mais fácil
Quando,
de igual errata,
As mãos arvoram-se
Em descobrir
O que outro ente,
ao cerne de mim,
Domina e venera
Porém sou um tolo...
Mereço desprezo
Do principal abraço
E tudo que já quis
Tantas vezes
Levou-nos ao chão.
Há de querer-me
Quando o elo
Mostrar-se rompido
Busco-lhe no vazio
Mesmo embriagado
Por qualquer alegria
Alheia à nossa
Fazenda de sonhos.

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