sábado, 27 de março de 2010

O falso bobo


Ao viver da expressão
O choro ressoa risonho
A lágrima lhes é invisível
Um mundo levanta saltitante
Porém...
O reino de dentro
Pode sangrar
Ai do bobo que assim
Revelar!
É o caos do tempo novo
E o alegre não arreda
Não perde
O passo e o salto
Desgosto
A lágrima novata
É tatuagem no rosto
O astral do recinto
É a energia do bobo
Seu passado
Ataca-lhe à dança
Bravata!
Não lhe deram a tristeza
Só coreografia
“Enriqueça!”
E um bobo acontece
Ao cerne do salão
Não há prece
A pele é fantasia, coragem
No outro lado, a alma
Persiste
Contra a defasagem
Em sua arte
Encontra aclamação
Na saudade, seu lado sombrio
No vazio
Então constante
Somente rodopia...
Quem sabe um dia
Não vença a solidão?

5 comentários:

  1. caramba... é profundoo.
    eu viajei nesse aí!!

    parabééns pelo blog, tá mto legal.

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  2. Obrigado. ^^ Também acho esse especial. ^^

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  3. Especial, é até pouco, eu achei muito fóda, pra ser bem sincero, gostei muito....parabéns!!!!

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  4. Muito bom amigo! Representa muito bem aqueles que também sabem fazer da dor uma arte.

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