quinta-feira, 29 de julho de 2010

Com ferro, ferido

De tudo que lhe dói,
Eu dei o pior
Bem perto de admitir o acerto
Meu deleite perdeu o sentido
Imerso em razão voraz
O fiz partir...
Dilacerado no coração
Meu azar!

Uma vez certo,
Não vi a mim
E cortei-me mais fundo
Mas na sua carne
Protelei novamente
O melhor estado
Imerso no pélago de nós
Nos sonhos.

Sobrepujei os meus sentidos
Ao flagelarem-me
Com aquela dor
Que causei-lhe à tolice
E que matou-me
No próximo minuto
De remorsos
Perdeu.

E o buraco cardíaco
Inflama aí sem abrandar
Um tiro de culatra
Vem arder por cá
Eu perdi, era lâmina
Como poderia não ver?
Doía em mim, sem calibre
E estava em você.

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