segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Fuga


Eu não nasci para tudo
Nem sempre sigo tão mudo,
Eu busco cada olhar, cada palavra exata
Os teus semblantes livres
E os segredos que vão até a cintura.

O nosso mundo é bom,
Cada centavo, um nada,
Nós é que sujamos a casa.
Não sei de quem eu falo, já não sei quem descrevo
Não reconheço nem cruz, nem trevo.

Toda a cidade passa por mim
E o meu olhar passa bem longe
Lá em cima segue a verdade
Tão logo abaixo, meu desejante.

O curto virou distante
A eternidade fez-se tão breve
Eu não desisto, amar é isto...
Ciranda de vem e esconde

Sobrando em cada esquina
Eu fujo dessa carona
Eu corro, solto no morro
Tudo sem pedir abrigo.

Essa eu venço por mim mesmo
E em cada salto você é mais eu
O que esperas de mim, no fim
É que eu possa apenas ser teu.

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