sexta-feira, 6 de abril de 2012

Invite


Traga a ti mesmo inserto em qualquer vago pensamento meu, que és bem-vindo nesse abraço esquecido.

Noutra proposição de felicidade, não consistirá o poema mais chulo do meu íntimo, preciso dizer...

Tens a cor e a saudade residente no alvorecer e nada me resta a não ser levar a mão ao peito.

Há muito que te pretendo, faz tempos que desiludi tua adoração. Se fordes perdoar, eu imploro que inicie pelas lágrimas minhas.

E corre um medo de tudo saindo feito o esperado... Sigo a perder o direito sobre o que preciso, ganhando o que não mereço.

Cada fóton em teu brilho rechaça sem saber a labiríntica sombra aqui dentro. Invasão consentida.

Sabes ou não que estes versos são para ninguém. Afinal, um suposto destinatário é luz e mistério.

Flutuo no aceite incógnito que empregas sobre meu carinho antigo. Embora pese que invitar algo em cacos é covardia.

Todo um viver compartido entre nós deu-se desde o primeiro sorriso, em mil argumentos. Era claro.

Tenho um amor indelével a médio alcance que lhe pertence, desprovido de procedências. Estudo agora um meio.

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