segunda-feira, 21 de maio de 2012

Espera...


Resignado, no primeiro suspiro, pensar, de cada dia
Creio entender naquela zelosa memória tua, insistente,
Rolar de ondas de afeto, abrasivas, como quem sente
E dela virá, porque assim cabe, toda minha fiel alegria

Onde estará você que, de tanto susto, perfeitamente sorria?
Cedeu ao sono, ante o trabalho, fez-se riso ausente
Que não se apaga, ninguém compra, aqui da mente
Estejas bem, passado o medo... pois comigo a noite é fria.

E para que eu guarde tudo que for preciso dizer no final
Preparo um desenho teu a dormir, e compreenderás
Quão impossível é, da forma que tenho amado, te esquecer

Aí, quem sabe outro ano, quando olhares para trás,
Consideres que o amor não é brincadeira ao amanhecer
É mais que estudo de caso, é dedicação, pura e total.

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