sábado, 15 de maio de 2010

Amor à espera

Um amor à minha volta é sempre o mesmo amor
Já fugi de certa vez, já se foi outras tantas
Já sofri, já vibrei,
reclamei o mesmo amor
E de volta pra casa pensei tê-lo deixado

Ainda que o amor tenha me exilado
Mais certeza não há de seu tom sagrado
É a própria guarida divina em vermelho
Não me deixas, permanece leal e ao meu lado

Não há paz, não consigo respeitar o tal amor
O que dos céus se ausenta entre nós, finalmente?
Nossas flores despetalam em palavras indecentes
E assim, ganho e perco, desarranjo seu fulgor

E na luta diária o amor se apaga
E na falta noturna ele se esconde
Na manhã seguinte ele espera ao pé da cama
E dos sonhos
Não desiste deste vil que o defende
Apesar de tudo
Sobretudo...
Admitindo ser estranho.

Um amor a minha espera tem o mesmo dom de amar
É loucura esse pesar, não o perderei de mim
De um salto, o exalto
E exalto meu conforto
De volta para casa hei de trazê-lo sempre comigo.

2 comentários:

  1. muito bom!!! Palavras alinhadas de uma maneira atrativa e boa de ser lida.

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  2. Não acho que o amor pode estar a espera. A paciência, ou a esperança, sim.

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