sexta-feira, 14 de maio de 2010

Paradoxo da incógnita vivida

Tenham a satisfação de apreciar um saldoso poema de um amigo que faz parte de um grupo de parceiros. São eles os Devoradores de Letras.

Paradóxo da incógnita vivida

A morte quando decide nos abraçar,
faz com nossas esperanças
como se tivesse em mãos
eu torrão de areia,
deixando dissipar-se no ar
as pequenas partículas quase que invisíveis
que se esfarelam entre os dedos.

Um contra-peso nos é presenteado
pela graça do universo
num destino maravilhoso
que ainda nos lembra de estarmos vivos,
nos lembra de bons amigos
de amores passados e vitórias conquistadas,
servindo de alívio
para que possamos partir,
sem o manto melancólico da desgraça iminente.

Porém,
os poucos que percebem o intuito da graça,
caem na verdadeira desgraça,
sabendo que só são agraciados
para amenizar a dor da partida.

E a dor passa a se tornar
uma alegre vontade de viver,
só pra sentir vontade de morrer de novo
e largar para trás a tristeza
de uma vida vazia,
morrendo cada vez mais contente
a cada suicídio.

O Escritor é Jefferson Araújo e para acessar o endereço do poema visite:
Os devoradores de letras

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