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segunda-feira, 3 de maio de 2010
Mulher de vestido azul cetim tomando café
O nome da cidade é desimportante.
No largo eu nem me dei em situado...
Antes do contorno direcionado
ao aberto,
Foi notável, por reflexos,
O destoar do azul na arquitetura
Cáqui-opaco.
A fonte era cetim ofuscantemente.
Ao sol o objeto era terráqueo
De natureza não-identificada;
Devida cautela requereu o contato
Visual desacreditado
E uma praça já não coexistia.
À verdadeira distância era
uma tocha royal;
Na suntuosa proximidade era mulher
E a postura era sua fórmula
Para compor as quatro dimensões
Com espaço algum.
Conforme a distração
Fosse um escudo aos olhares incrédulos
O porquê daquele azul veio ao caso
E já tão perto
Meu sobreolhado não descrente
Interpretou a obra.
A duração daquele levante
(de xícara)
Ofendeu-me a manhã
Até que a semana inteira
Perdesse o compasso...
Que vapores!
O odor do horário
Foi arbitrário e elegância faltou-te
n’um instante...
Quão rápida teria sido aquela partida
Ao deixar para mim o peso e a conta
da quarta dimensão...
O mistério?
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